O mundo visto de outra maneira

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domingo, 30 de maio de 2010

Propriedades dos minerais

Mineral

Mineral: material natural inorgânico, sólido, cristalino e com composição química definida.
Pode-se fazer uma identificação dos minerais recorrendo a propriedades físicas e químicas, que reflectem a sua composição e estrutura, com o uso de tabelas de classificação. Uma identificação rigorosa requer técnicas especializadas (microscopia, raios-X, etc.)




Propriedades Físicas

- Propriedade óptica - Cor

Os minerais mostram uma cor caracteristica e própria-minerais idiocromáticos;
Outros minerais não apresentam cor constante-minerais alocromáticos;



- Propriedade óptica - Risca

A cor do mineral quando reduzido a pó corresponde á risca ou traço. Esta propriedade é importante na identificação de minerais, porque mesmo que a cor do mineral varie, a risca, normalmente, mantém-se constante, podendo em certos casos, ser diferente da própria cor do mineral.




- Propriedade óptica - Brilho

O brilho consiste no efeito produzido pela qualidade e intensidade de luz reflectida numa superfície de fractura recente do mineral.
Os minerais podem ter brilho metálico ou brilho não metálico ou vulgar.





- Propriedade mecânica - fractura , clivagem

Quando se aplica uma pancada com um martelo sobre amostras de quartzo e de calcite, pode observar-se que revelam comportamentos mecânicos muito diferentes.

A tendência de um mineral partir segundo direcções preferenciais, desenvolvendo superfícies de ruptura planas e brilhantes, denomina-se clivagem
O quartzo não apresenta clivagem e, quando percutido, desagrega-se em fragmentos com superfícies mais ou menos irregulares, sem direcção privilegiada. Esta propriedade designa-se por fractura e revela que todas as direcções são igualmente fortes.
 

- Propriedade mecânica - Dureza

 A dureza (H) de um mineral é a resistência que ele oferece ao ser riscado por outro. A escala de dureza mais utilizada é a de Mohs, constituída por 10 termos.

A dureza de um mineral é igual à do mineral da escala, se se riscam mutuamente. Se o mineral em causa riscar determinado termo e não riscar o imediatamente a seguir, então a sua dureza estará compreendida entre os dois termos.




 
- Densidade
 
A densidade absoluta de uma substância traduz a massa por unidade de volume. A densidade depende da natureza das partículas que constituem o mineral e do tipo de arranjo dessas partículas.


 Reflexão pessoal: As propriedades físicas dos minerais são o resultado directo de sua composição química e de suas características estruturais. Esta Propriedade para classificar minerais são variadas, mas umas mais eficientes que outras. Por exemplo o traço ou risca é mais rigoroso que a cor, sendo esta muito «duvidosa».

As propriedades físicas, não são muito rigorosas, sendo por isso necessário recorrer a outras técnicas, como a observação em microscópio, análises químicas ou mesmo a difracção pelos raios X.




Propriedades Químicas

A maioria das espécies minerais é constituída por dois ou mais elementos que se combinam entre si, de acordo com as suas afinidades químicas. Os minerais constituídos apenas por um elemento químico – elementos nativos – são raros. Estão neste caso o ouro, a prata, o diamante, o enxofre e o cobre.


 



A classificação de Dana e Hurlbut, de 1960, divide os minerais em oito grupos, de acordo com o anião dominante. O quadro abaixo esquematiza esta classificação evidenciando, ainda, a percentagem de espécies por grupo e a sua abundância na crosta terrestre.


 

Reflexão pessoal: Agora que já descobrimos um pouco mais sobre as propriedades dos minerais, já somos capazes de perceber melhor como se processa a sua identificação. Isto porque, depois de os classificarmos devidamente em termos de propriedades físicas e químicas , já podemos usar tabelas, chaves dicotómicas e programas informáticos para conhecermos com rigor o mineral em estudo.





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SILVA, Amparo dias ; SANTOS, Maria Ermelinda ; GRAMAXO, Fernanda ; MESQUITA, Almira Fernandes ; BALDAIA, Ludovina ; FÉLIX, José Mário
Terra, Universo De Vida - 2º Parte-Geologia ; Porto editora 2009

sábado, 29 de maio de 2010

Zonas Costeiras

1. Situação-problema

As zonas litorais constituem um valioso recurso natural, insubstituível e não renovável, do qual o Homem obtém, por exemplo, alimentos e recursos minerais, para além de serem importantes locais de lazer e turismo.

O mar é o receptor final dos sedimentos gerados no continente e constantemente drenados para as bacias oceânicas. Calcula-se que apenas 10% dos sedimentos depositados no mar sejam efectivamente produzidos pelo próprio mar. A observação das linhas de costa permite apreciar o trabalho do mar sobre o litoral e formas de acumulação de sedimentos. Nas regiões costeiras, onde as massa rochosas, estratificadas ou não, penetram na água com forte inclinação, proporcionam-se as condições para a formação de escarpados. Com o decorrer dos tempos geológicos, regiões costeiras podem afundar-se ou, por outro lado, as águas marinhas elevarem-se e inundarem regiões interiormente emersas.


Na linha de costa, existe sempre uma interacção de forças destrutivas, resultado da meteorização, erosão e, por outro lado, acções construtivas, por acumulação de detritos.

A linha de costa estabelece a transição entre os meios continentais e oceânicos.

 

Problemas da ocupação antrópica


No entanto, estas zonas não são estáticas, mas muito dinâmicas. O litoral evolui, algumas formas modificam-se, mudam de posição, e outras aparecem e desaparecem. Actualmente, a dinâmica da faixa litoral é condicionada pela intervenção de fenómenos naturais e antrópicos.



Fenómenos Naturais

De entre os fenómenos naturais, aos quais o homem é completamente alheio e que, de uma maneira geral, não pode contrariar, anular ou modificar, destacam-se:

• alternância entre regressões e transgressões marinhas, como a subida e a descida do nível médio da água do mar;

• existência de correntes marinhas litorais variadas que, ao provocarem a erosão, o transporte e a deposição de sedimentos, condicionam a morfologia da costa.

• A deformação das margens dos continentes, em resultado de movimentos tectónicos podem provocar a elevação ou o afastamento das zonas litorais.


 
Regressões e Transgressões marinhas:
A alternância de períodos glaciáricos e de períodos interglaciários ocorridos no planeta tiveram como consequência indirecta a modificação das linhas de costa, uma vez que durante os períodos mais frios (glaciações) uma quantidade importante de água é transferida do domínio oceânico para as calotes polares, ocorrendo uma diminuição do nível médio das águas do mar e um fenómeno inverso durante o período interglaciário. Quando se verifica o recuo do mar, diz-se que ocorreu uma regressão marinha.
 
 
 
O aumento da temperatura média global do planeta (períodos interglaciários) vai provocar quer a expansão térmica dos oceanos, quer a fusão das massas de gelo, o que origina um maior volume de água. Esta situação pode levar a uma subida do nível médio das águas e, consequentemente, ao avanço do mar relativamente à linha de costa, ultrapassando o território onde se encontrava anteriormente a faixa litoral. Este tipo de fenómeno denomina-se transgressão marinha.
 
 





--> Na imagem seguinte podemos observar uma sequência normal onde o tamanho do grão diminui da base para o topo, uma vez que a energia do meio vai também diminuindo. Trata-se de uma transgressão marinha, situação esta, resultante de um aumento do nível do mar. Numa sequência inversa sucede o contrário com aumento do tamanho do grão da base para o topo, regressão marinha. No gráfico da esquerda podemos observar uma tendência nos últimos milhões de anos para uma natural subida do nível do mar.





R e f l e x ã o: É necessário uma compreensão profunda dos diversos processos geológicos que condicionam a evolução do litoral, para proceder a um ordenamento sustentável de todas as zonas costeiras. A transgressão e a regressão marinha são problemas existentes na costa litoral e um problema da actualidade. A transgressão é provocada pelo aumento da temperatura média global. A regrssão marinha é provocada por diversos facotores como por exemplo as glaciações.


Adaptado de :
SILVA, Amparo dias ; SANTOS, Maria Ermelinda ; GRAMAXO, Fernanda ; MESQUITA, Almira Fernandes ; BALDAIA, Ludovina ; FÉLIX, José Mário

Terra, Universo De Vida - 2º Parte-Geologia ; Porto editora 2009






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